sábado, 4 de fevereiro de 2017

Dona Dita


DONA DITA

Clóvis Campêlo


Dita Cunha Machado, esse é o nome da minha sogra.
Nasceu na cidade de Riachão, no Maranhão, no dia 4 de fevereiro de 1931.
Ainda menina, mudou-se para a cidade de Carolina, também no Maranhão, acompanhando a irmã mais velha, Maricota, que havia casado.
Em Carolina, conheceu Pedro Alves Machado, com quem casou, no dia 8 de julho de 1952, na sua cidade natal.
Do casamento nasceram nove filhos: Renato, Cleuber, Alberto, Vera, Aparecida, Luiz Antônio, Eliana, Lizane e Ronaldo, este último falecido em dezembro de 2009.
Em 1982, depois de 30 anos de casamento, separou-se de Pedro Machado, indo morar na cidade de Impertatriz, onde a maioria dos filhos já morava e trabalhava.
Com uma memória invejável para a sua idade, quase 81 anos, diz que chegou em Imperatriz no dia 14 de dezembro de 1982, quando a filha Eliana completava 15 anos.
Em Impetariz ficou até 1989, quando decidiu aceitar o convite de Renato, o filho mais velho, e mudar-se para a capital, São Luís do Maranhão. Nessa nova mudança, foi acompanhada pelos filhos Alberto e Eliana.
Confessa que, de início, temeu a nova mudança. Hoje, porém, depois de 22 anos diz gostar da cidade e de não ter mais vontade de deixá-la.
Em São Luíz, morou sete anos no bairro do Cohatrac, mudando-se depois para a Cidade Operária, onde já se encontra há 15 anos.
Hoje, dona Dita tem 16 netos e 5 bisnetos, espalhados por três estados do Brasil: Maranhão, São Paulo e Pernambuco.
Lembra que os seus pais, que se chamavam Luíz Cunha e Antônia, eram naturais de Terezina, no Piauí. Ele, funcionários dos Correios, foi morar em Riachão por conta do emprego. Lá, nasceram todos os onze filhos do casal.
A sua mãe, que era conhecida como Tonica, faleceu em 1952, levando seu Luís a contrair novo matrimônio e também transferir-se para Carolina.
Com uma boa saúde, dona Dita ainda toma uma cervejinha (como Zeca Pagodinho tem preferência pela Brahma, mas afirma que experimentou a Devassa e gostou do sabor) não sofre de hipertensão ou diabetes. Gosta de viajar e visitar os parentes distantes.
Diz que a vida é boa e que a velhice não é nenhum empecilho para a felicidade e o bem-estar.
E afirma com convicção: "Quem não quiser ficar velho que morra jovem".

Recife, dezembro 2011


Nenhum comentário: