domingo, 12 de fevereiro de 2017

Ainda sobre Felinho


AINDA SOBRE FELINHO

Clóvis Campêlo

Amigos, coisa boa é escrever e receber o chamado feed-back, a resposta de quem nos leu e teceu comentários e observações sobre o nosso texto.
Foi o que aconteceu com o artigo sobre Felinho e a sua maravilhosa performance na gravação do frevo Vassourinhas, em 1956, com a orquestra do maestro Nelson Ferreira.
Do amigo e escritor Urariano Mota, recebo o comentário abaixo, com informações valiosas que transcrevo na íntegra:

"Muito boa pesquisa, Clóvis Campêlo . Parabéns. Eu chamo a atenção para a genialidade do grande maestro e compositor Nelson Ferreira. Foi ele quem incentivou o gênio de Felinho para que brilhasse no frevo Vassourinhas. Em um maestro convencional, autoritário, Felinho não teria autorização para os seus imortais improvisos. Palavras do violonista Henrique Annes numa entrevista: "Felinho era um homem baixinho, um figura muito assim carismática, não é?, uma pessoa assim de méritos, foi quem criou as variações de Vassourinhas, não é? Eu conheci Nelson Ferreira, eu era menino, e Nelson Ferreira contava que foi uma vez no Clube Internacional, ele tocando Vassourinhas, tararará... aí disse que Felinho tomou uns porres, e subiu em cima da cadeira, e começou a fazer as variações: tiririri-ri-ril-ril. Ah (ri), foi aí que nasceram as variações do Vassourinhas.
- Aí Nelson Ferreira tinha sensibilidade e fez: “Que coisa boa. Repete isso”.
- Coisa boa, não é? Aí terminaram gravando. Tem uma gravação até na Rádio Clube. A gravação original é da Rádio Clube. "

De outro amigo, o radialista e musicólogo Gilvando Paiva, recebo mais um comentário, também transcrito na íntegra, com observações bem colocadas sobre as oscilações do meu texto apressado:

"Sou fã do inesquecível Felinho. Tenho em minha discoteca essas duas obras-primas: sua participação destacada na gravação de Vassourinhas e o frevo Formigão, de sua autoria. Perdoe-me, amigo Clóvis, mas no artigo há momentos em que você confunde saxofone com clarinete. Somente uma vez você diz que as variações de Vassourinhas foram feitas com saxofone. Nas demais referências, você afirma que Felinho as fez com clarinete. A bem da verdade, ouvindo-se a gravação a gente constata que elas foram feitas com saxofone. Essa observação vai a título de colaboração.
Receba o meu abraço."

Agradeço aos amigos pela paciência em ler meu texto e complementá-lo ou retificá-lo com informações tão importantes.
Penso ainda que a homenagem à Felinho era a sua intenção principal e acredito que isso tenha sido conseguido.
Saravá!

Um comentário:

Urariano Mota disse...

Salve, Clóvis.
Muitos pensam que para um pesquisador bastam curiosidade, inteligência, sensibilidade.

Além dessas qualidades, acrescento: tem que ser possur também a humildade ao receber críticas ou complementos.
Você reúne todas, amigo poeta, fotógrafo e pesquisador.

A sua pesquisa foi muito boa. E necessária.

Abração