GÁS PARALISANTE
Clóvis Campêlo
Para Waldemar Lopes
Sim, a lua é de neon
mas o poeta não a nota,
gás paralisante brota
das teclas do acordeon.
Simbolicamente canta
um subjetivo mundo,
estranho e muito profundo
onde a realidade espanta.
A vida correndo inglória,
qual louca e fútil história,
delira e não vê passar.
Nem mesmo nota na rua
o real brilho da lua,
testemunha tão vulgar.
Para Waldemar Lopes
Sim, a lua é de neon
mas o poeta não a nota,
gás paralisante brota
das teclas do acordeon.
Simbolicamente canta
um subjetivo mundo,
estranho e muito profundo
onde a realidade espanta.
A vida correndo inglória,
qual louca e fútil história,
delira e não vê passar.
Nem mesmo nota na rua
o real brilho da lua,
testemunha tão vulgar.
Recife, 1991
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