quinta-feira, 22 de maio de 2014

No terreiro da paz Salu descansa, silencia a rabeca genial


NO TERREIRO DA PAZ SALU DESCANSA
SILENCIA A RABECA GENIAL

Clóvis Campêlo

Bem mais longe de onde o olhar alcança,
bem depois do azul celestial,
entre as cores dos caboclos de lança,
sob o som de um batuque triunfal,
diferente, com uma semelhança,
sob o umbral da porta principal,
iluminado por uma esperança,
regressando ao estado original,
no terreiro da paz Salu descansa,
silencia a rabeca genial.

Recife, 2008


2 comentários:

Urariano Mota disse...

Muito bons poema e foto sobre o Mestre Salustiano.
Parabéns, poeta e fotógrafo Clóvis.
Salu era um homem com a alegria de tocar.
O som áspero da rabeca ficava suave quando olhávamos o seu rosto, ou escutávamos as suas histórias.
Uma vez, na Bodega do Véio, ouvi-o uma tarde inteira. Mesmo ali, não nos dávamos conta do efêmero da sua vida e momento entre nós.
Que alegria e pureza no som e na alma de Mestre Salu !
Abraço

Clóvis Campêlo disse...

Grato pelo poema, Urariano. A fotografia não é minha, mas também gosto dela pra caramba. Abraços