Clóvis Campêlo
Em 1998, quando na disputa pelo Governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos derrotou Miguel Arraes de Alencar por uma diferença superior a 1 milhão de votos, estabeleceu com as forças mais reacionárias da política pernambucana um acordo visando dominar o Estado pelos próximos 20 anos. Esse projeto encampava a reeleição do prefeito Roberto Magalhães, em 2000, e a anulação das forças políticas de esquerda no Estado.
No entanto, naquela mesma eleição, o projeto começou a dar água e afundou de vez por conta das desavenças internas entre o personalista Jarbas e os seus aliados de última hora e da empáfia e arrogância do prefeito Roberto Magalhães, que tentava a reeleição contra o famélico João Paulo de Lima e Silva, negro, filho de um cobrador de ônibus, ex-metalúrgico, fundador da CUT e do PT no Estado de Pernambuco, e candidato heróico das oposições esquerdistas à cobiçada prefeitura.
Entre outras coisas, apoiando-se nas pesquisas que garantiam a sua vitória ainda no primeiro turno da eleição municipal, Roberto Magalhães chegou ao displante de dar uma banana às pessoas que o vaiavam no calçadão de Boa Viagem. Foi mais longe, porém: em um debate na televisão pernambucana, no alto da sua prepotência, chegou a afirmar aos telespectadores que não mudaria o seu jeito de ser e quem quisesse que votasse nele assim mesmo. Resultado: deixou de ganhar a eleição no primeiro turno e a perdeu definitivamente no segundo.
Com todo o seu perfil "negativo", João Paulo foi eleito prefeito do Recife, aniquilando o sonho reacionário da direita e abrindo caminho para a eleição de Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes, ao Governo do Estado, em 2006.
Com dois mandatos conquistados pelo voto direto e com duas grandes administrações, João Paulo ainda se deu ao luxo de eleger o seu sucessor, João da Costa, um ilustre desconhecido do eleitorado recifense.
Hoje, a cidade do Recife e o Estado de Pernambuco vivem momentos de grande afirmação política e econômica, deixando para trás o que havia de mais retrógado.
Foi esse pessoal derrotado que José Serra escolheu para aliado. É esse pessoal derrotado que nós, recifenses e pernambucanos, não queremos mais ver de volta ao poder.
Foi esse pessoal derrotado que sofreu novo revés nas urnas, esse ano, quando Eduardo Campos devolveu com sobras, a Jarbas Vasconcelos, a derrota sofrida por seu avô, em 1998.
É por isso tudo e muito mais, e pensando no Novo Brasil que se consolida no presente como o país do futuro, que, amanhã, dia 31 de outubro, votarei em Dilma Roussef para a Presidência da República.
Atraso, nunca mais.
Recife, 2010
Em 1998, quando na disputa pelo Governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos derrotou Miguel Arraes de Alencar por uma diferença superior a 1 milhão de votos, estabeleceu com as forças mais reacionárias da política pernambucana um acordo visando dominar o Estado pelos próximos 20 anos. Esse projeto encampava a reeleição do prefeito Roberto Magalhães, em 2000, e a anulação das forças políticas de esquerda no Estado.
No entanto, naquela mesma eleição, o projeto começou a dar água e afundou de vez por conta das desavenças internas entre o personalista Jarbas e os seus aliados de última hora e da empáfia e arrogância do prefeito Roberto Magalhães, que tentava a reeleição contra o famélico João Paulo de Lima e Silva, negro, filho de um cobrador de ônibus, ex-metalúrgico, fundador da CUT e do PT no Estado de Pernambuco, e candidato heróico das oposições esquerdistas à cobiçada prefeitura.
Entre outras coisas, apoiando-se nas pesquisas que garantiam a sua vitória ainda no primeiro turno da eleição municipal, Roberto Magalhães chegou ao displante de dar uma banana às pessoas que o vaiavam no calçadão de Boa Viagem. Foi mais longe, porém: em um debate na televisão pernambucana, no alto da sua prepotência, chegou a afirmar aos telespectadores que não mudaria o seu jeito de ser e quem quisesse que votasse nele assim mesmo. Resultado: deixou de ganhar a eleição no primeiro turno e a perdeu definitivamente no segundo.
Com todo o seu perfil "negativo", João Paulo foi eleito prefeito do Recife, aniquilando o sonho reacionário da direita e abrindo caminho para a eleição de Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes, ao Governo do Estado, em 2006.
Com dois mandatos conquistados pelo voto direto e com duas grandes administrações, João Paulo ainda se deu ao luxo de eleger o seu sucessor, João da Costa, um ilustre desconhecido do eleitorado recifense.
Hoje, a cidade do Recife e o Estado de Pernambuco vivem momentos de grande afirmação política e econômica, deixando para trás o que havia de mais retrógado.
Foi esse pessoal derrotado que José Serra escolheu para aliado. É esse pessoal derrotado que nós, recifenses e pernambucanos, não queremos mais ver de volta ao poder.
Foi esse pessoal derrotado que sofreu novo revés nas urnas, esse ano, quando Eduardo Campos devolveu com sobras, a Jarbas Vasconcelos, a derrota sofrida por seu avô, em 1998.
É por isso tudo e muito mais, e pensando no Novo Brasil que se consolida no presente como o país do futuro, que, amanhã, dia 31 de outubro, votarei em Dilma Roussef para a Presidência da República.
Atraso, nunca mais.
Recife, 2010
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