terça-feira, 3 de junho de 2014

Repouso


REPOUSO

Clóvis Campêlo

Calado soa o silêncio
colado ao meu ouvido
- zumbido.
O som soa coado
- silêncio.
O som coado dobrado
- ressoa.
Repousa o espaço entre
- parado.
Nem futuro, nem passado
- presente.
De movimento ressente
o tempo estagnado.
A mente sente e atalha
- trabalha.
O corpo relaxa e pousa
- repousa.
Recife, 1976

2 comentários:

Dalva Agne Lynch disse...

maravilha de bem escrito, poeta!

Clóvis Campêlo disse...

Obrigado, minha ídola!