terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Perder uma batalha não significa perder a guerra!


PERDER UMA BATALHA NÃO SIGNIFICA PERDER A GUERRA!

Clóvis Campêlo

Convenhamos, amigos corais, ser derrotado às vésperas de completarmos 101 anos não faz bem a ninguém. Ainda mais quando o vencedor é o nosso maior adversário no âmbito estadual. Mas, sejamos justos, o time da Ilha sobrou em campo enquanto nós fomos apenas voluntariosos no primeiro tempo e incapazes no segundo. Não existimos no ataque, enquanto a defesa e o meio-campo ainda se mostram desarticulados. Mas, nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio dos dois para que tudo se recomponha e surja uma nova perspectiva no horizonte. Perdemos uma batalha, mas não a guerra. Refaçamos as forças e vamos à luta. O tempo bem que pode ser o nosso maior aliado.
Em que pese a derrota passada, porém, hoje é um dia de festas e alegrias. Nesta terça-feira, dia 3 de fevereiro de 2015, completamos mais um ano de vida e de glórias. Um time de futebol nascido no seio da classe média recifense, quando o esporte bretão ainda era uma atividade elitizada. Nascemos para vingar e vingamos.
Do bairro da Boa Vista até o Arruda, foram muitos anos e uma longa caminhada. E no Arruda, construímos a nossa grandeza.
Pra falar a verdade, foi depois na sua inauguração, em 1970, que conquistamos a grande maioria dos nossos títulos dentro de campo.
Um estádio erguido com a ajuda e determinação de uma torcida fiel.
Desde a desapropriação da área pertencente ao comendador Arthur Lundgren, nos anos 50 do século passado, pelo prefeito José do Rego Maciel, até a reforma e ampliação do estádio em 1982, é bem verdade com a ajuda do governo do Estado de Pernambuco, sempre houve essa parceria e simbiose entre a agremiação e a torcida coral. Juntos, superamos momentos tensos e negativos e construímos, pedra sobre pedra, a história de um dos maiores clubes de massa do Brasil. A fidelidade canina dessa relação entre torcida e clube nos projetou nacional e internacionalmente.
Soubemos superar, principalmente, os momentos de adversidade e improdutividade dentro dos gramados para renascer das cinzas e se impor com galhardia novamente.
Talvez a cobra coral tenha sete vidas como os gatos. Talvez, como os gatos, tenha a capacidade de cair sempre em pé e no momento seguinte já estar pronta para o bote. É esse fôlego incomum que nos fará construir mais 101 anos de história e de glórias.
Parabéns, Santinha! Feliz aniversário, Cobra Coral! Vida eterna às Repúblicas Independentes do Arruda.

Recife, 03/02/2015

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