terça-feira, 29 de abril de 2014

Vai!


VAI!

Clóvis Campêlo

Vai que a juventude
dessa brisa
espanta
e nem um pouco
me afugenta
a dor.

Vai que a inquietude
dessa vida
é tanta
que nem um louco
lhe entende
a cor.

Vai que a negritude
dos teus olhos
é manta
que me acoberta
e aquece
de amor.

Vai que um dia
tudo se transforma
e se agiganta
e nós seremos
o sol a se por.

Vai!

Recife, 2008

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