Fotografias de Cida Machado / 2016
RASPA-RASPE
DE MACAÍBA
Clóvis
Campêlo
Segundo
os entendidos no assunto, a macaíba é uma excelente fonte de
betacaroteno (pigmento que se transforma em vitamina no organismo). Quando
ingerido o betacaroteno pode se transformar em vitamina A se
o corpo estiver deficiente dessa vitamina.
A
vitamina A desempenha papel essencial na visão, no crescimento e
desenvolvimento dos ossos e no fortalecimento da imunidade. Também
apresenta uma boa ação antioxidante. Além disso, a macaíba é rica em ômega 3, 6
e 9, vitamina E e vitamina C. Portanto, é uma fruta deliciosa e saudável.
Para
outros, ainda, o suco da macaíba batido no liquidificador com leite, é
excelente para os que sofrem de problemas articulares, artrites e artroses.
Não
é a toa, portanto, que o pediatra dos
meus netos compra semanalmente na Rua da Praia, próximo ao Mercado de São José,
no centro histórico do Recife, a polpa da fruta já pronta para o uso. Segundo
ele, um alimento delicioso e eficaz nessas questões.
Segundo
o site Dicas de Saúde, a macaíba, cujo nome científico é Acrocomia aculeata, é
uma palmeira que pode alcançar até 20 metros de altura. São bastante resistentes
à queimadas e secas e ainda possuem espinhos longos e pontiagudos. Pode ser
encontrada em quase todo o Brasil. Os frutos da macaíba são
importantes para a fauna nativa, pois alimentam araras, cotias, capivaras,
antas e emas.
Segundo
a Wikipédia, o termo, que vem do tupi ma'kaí'ba (através
da junção de bacaba mais yuba, que significa
"coco amarelo"), é visto em vários topônimos no Brasil, entre os
quais a cidade de Macaíba, no Rio Grande do Norte.
Portanto,
foi com grande satisfação que descobri na praia da Boa Viagem um vendedor de
raspa-raspa com suco de macaíba no seu estoque de sabores. Seu Zé é o único, em
toda a praia, que o vende. Não poderia deixar isso passar em branco, e não só
usufrui da iguaria, como pedi a Cida Machado para registrar, com as suas lentes,
o vendedor e o seu cliente.
Viva
a macaíba! Viva a flora brasileira!
Recife,
abril 2016
3 comentários:
Parabéns, Clóvis. Eu não gosto de macaíba, mas a sua crônica é boa e sábia.
Pela careta que voce fez na 2ª foto, acho que não estava gostando muito da ideia não...
Outro dia estava com meu irmão no sítio, quando ele apanha uma macaíba no chão - de pronto o caseiro diz: "ela tá estragada!", ao que meu irmão retrucou: "Tá nada, isso é bom" - daí jogou no chão, quebrou a casca do coquinho e saboreou, falando depois, que a amêndoa dentro do caroço ainda é melhor. O caseiro, como se percebe, não é chegado, visto que os frutos caem no chão, apodrecem e viram adubo orgânico. But, my brother voltava à infância, satisfeito.
Eu, observando, voltei também à infância e também lembrei-me q "apreciava" o alimento. Mas, na época, não havia outra coisa a fazer senão acompanhar os outros moleques na degustação destes itens muito comum nos longínquos tempos, quando, além de caçarmos lagartixas e periquitos, também "roubávamos" dos quintais dos vizinhos, mangas, goiabas, araçás, cajaranas, fruta-pães, tamarindos entre outras frutas como aquela, já extintas.
Hoje, fico imaginando como eu conseguia comer a tal da macaíba - tbém conhecida no RJ, com "coco-de-catarro" - com sua polpa espessamente gosmenta.
Com exceção desta, pode me presentear com todas as outras frutas extintas citadas acima, q saberei retribuir, caro parejo, convidando-o para ir lá no sítio e subir nas palmeiras da fruta q tanto aprecias, coletando todas quantas quiser.
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