quarta-feira, 13 de julho de 2016

O Mercado Público de Casa Amarela


Fotografia de Sol Pulquério / PCR

O MERCADO PÚBLICO DE CASA AMARELA

Clóvis Campêlo

Segundo a Wikipédia, o Mercado Público de Casa Amarela foi inaugurado em 9 de novembro de 1930 e situa-se no bairro que lhe deu o nome. Fica localizado no início da feira livre de Casa Amarela, segundo alguns, a maior feira livre do Recife, na esquina da Rua Padre Lemos com a Estrada do Arraial. Na sua parte externa existem compartimentos que servem alimentação (bares e restaurantes populares) e são suas principais atrações, funcionando as 24 horas do dia. Além disso, a oferta de produtos é diversificada, com a venda de carne de charque e queijo de coalho vindos do sertão, além de carnes diversas, frios, peixes e crustáceos, armarinhos, ervas, flores e artesanato em palha e barro.
Ainda segundo a Wikipédia, o mercado foi construído em estrutura totalmente de ferro, com cobertura de telhas francesas. O material para sua construção foi remanescente do Mercado da Caxangá, que havia sido desmontado em 1928. Em 1982 foi construído um anexo, para comportar comerciantes que já não encontravam compartimentos no mercado original e estavam ocupando áreas externas do mesmo.
Segundo o site da Prefeitura da Cidade do Recife, o Mercado de Casa Amarela, um dos mais antigos e simbólicos da cidade, foi inaugurado em novembro de 1930. As estruturas que sustentam a construção foram trazidas de bonde pela empresa Borrione, em 1928. Presume-se que o terreno onde o mercado foi erguido tenha sido doado pelo proprietário, senhor Allain Teixeira, naquele mesmo ano. A área originalmente construída é de 817 metros quadrados. Abriga 100 boxes.
Ainda segundo o site da PCR, o primeiro anexo do mercado foi construído em terreno público e inaugurado em abril de 1982. No local funcionava um sanitário público e parte da Feira de Casa Amarela. A área construída, de 640 metros quadrados, abriga 34 boxes, ocupados basicamente por bares. Inicialmente, ali se instalaram os locatários desalojados do prédio principal do mercado. Ocuparam compartimentos adaptados às paredes das fachadas principal e posterior. Com a construção do anexo, eles foram transferidos e os compartimentos demolidos, e o velho mercado resgatou sua arquitetura original. Posteriormente, ainda foi construído o segundo anexo, da Cobal, que abriga 14 boxes para venda de cereais e alimentos não perecíveis; e o Sempre Viva, na rua de mesmo nome, s/n, que vende confecções, calçados e acessórios. Hoje, o mercado possui 60 boxes internos, 50 externos e 11 barracas, com um total de 121 compartimentos.
Segundo a historiadora Lúcia Gaspar, em texto publicado no site da Fundação Joaquim Nabuco, em 1930, o mercado foi inaugura com banda de música e a presença do então governador Carlos de Lima Cavalcanti.
Segundo o escritor João Braga, no seu livro Trilhas do Recife - Guia Turístico, Histórico e Cultural, o mercado foi inaugurado na gestão do prefeito Francisco da Costa Maia (1928/1930).

2 comentários:

Aristóteles Coelho Pinheiro disse...

Quando criança, eu tinha uma grande aversão a mercados públicos, seja pela sujeira, pelo piso sempre melado de água misturada com escamas de peixe e sangue de boi, seja pela mistura repulsiva de odores ou pela iluminação precária; era o último lugar q gostaria de estar.
Ao chegar à faculdade de arquitetura, passei a ter interesse e admirá-los como peças arquitetônicas e olhar por outro ângulo. Mesmo assim, não custa nada aos locatários e ao poder municipal se preocupar mais com a higiene.
Em tempo: precisamos tomar uma no pátio do Mercado da Boa Vista ou do de Boa Viagem.

Nelly Carvalho disse...

Clóvis
Obrigada pela crônica enviada
Foi uma análise bem elaborada do comportamento de uma época em duas culturas distintas.
Parabéns.