Fotografias de Clóvis Campêlo / 2015
O ÍNDIO DA RUA DUQUE DE CAXIAS
Clóvis Campêlo
Confesso que nunca havia prestado atenção àquela figura. Foi Liêdo Maranhão, nas nossas andanças dos sábados, que nos levou, a mim e ao poeta José Rodrigues da Silva Fiho, para conhecê-lo.
Mas mesmo Liêdo, nas suas inquietações e pesquisas, não tinha muito para nos dizer. Sabia apenas que ali, naquele prédio, havia funcionado um armazém de tecidos. E só.
Em busca de maiores informações sobre o índio da Rua Duque de Caxias, situada no bairro do Santo Antônio, no centro histórico do Recife, pesquiso na internet e descubro uma edição do Jornal do Commercio do Recife, de 31 de agosto de 2014, onde o arquiteto pernambucano José Luiz Mota Menezes faz referência à imagem: "Na Rua Duque de Caxias, a função do índio, que remete ao homem nativo, é sinalizar a numeração dos prédios. A figura, de cocar e saia de penas, segura numa das mãos a placa com os números 340 e 350".
Segundo o arquiteto, os enfeites decorativos são típicos da arquitetura eclética europeia, copiada pelo restante do mundo. Ainda segundo ele, as imagens chegavam ao Recife por meio de gravuras e litografia".
A mesma explicação, foi me enviada pelos escritores Urariano Mota e Leonardo Dantas Silva em resposta ao e-mail que lhes mandei solicitando ajuda. Essa mesma solicitação, aliás, foi feita por mim a outros amigos e intelectuais pernambucanos, sem que, no entanto, até o momento, me tenha chegado às mãos alguma outra informação.
Recife, março 2016
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