Fotografias e seleção de textos de Clóvis Campêlo
Segundo Semira Adler Vainsencher, em texto publicado no sítio da Fundação Joaquim Nabuco, um dos prédios mais antigos da capitania de Pernambuco, situado no bairro de São José, a igreja de São José do Ribamar começou como uma modesta capelinha, fruto da iniciativa de carpinteiros e marceneiros do Recife. A Irmandade deles, porém, só foi constituída no século XVIII, com um patrimônio estimado em "cem mil réis". O surgimento desse templo, portanto, representou uma obra de devoção popular. O prédio foi levantado sob o signo de São José dos Carpinteiros - o seu padroeiro - que exercia essa mesma profissão.
Ainda segundo ela, os trabalhos de construção da igreja começaram em 1756, mas, por falta de recursos financeiros, a igreja ficou inacabada. Registra a História que, na época (1788), o governador D. Tomás José de Melo quis proteger esse templo e, para tanto, utilizou a sua astúcia. Mandou rastrear o litoral pernambucano em busca de âncoras e outros objetos de ferro, pertencentes a navios naufragados na costa, e que eram dados como perdidos. Os objetos, quando encontrados, eram levados à praia de São José.
A partir daí, o governador convidou os negociantes locais (quiçá, alguns donos dos próprios objetos) a fim de participarem de um leilão público. Devido à adulação de certos negociantes, algumas peças leiloadas alcançavam preços bastante elevados, chegando a serem arrematadas mais de duas vezes. Isto porque os arrematantes, após adquiri-los, deixavam os objetos, novamente, para o acervo de São José. Foi dessa maneira que D. Tomás amealhou recursos e deu andamento às obras da igreja. O prédio, no entanto, só ficou pronto em 1797.
Segundo o sítio Patrimônio de Influência Portuguesa, a Igreja de São José do Ribamar, em disposição interna de nave, capela‐mor e corredores laterais, é edificação da segunda metade do século XVIII. Assim se confirma diante das tribunas, de boa feitura em talha. No frontispício atual existe uma data: o ano de 1653, que pode recuar a uma antiga capela. Tem boa talha nos retábulos, inspirada na existente no Mosteiro de São Bento, em Olinda. Por sua vez, a que ornamenta a edificação de Olinda tomou por modelo a do mosteiro beneditino de Tibães, em Braga, Portugal. A igreja abrigava uma irmandade de marceneiros dedicada a São José. Ainda nos dias presentes o casario que forma o pátio é de dimensões reduzidas, na frente do lote.
Segundo Semira Adler Vainsencher, em texto publicado no sítio da Fundação Joaquim Nabuco, um dos prédios mais antigos da capitania de Pernambuco, situado no bairro de São José, a igreja de São José do Ribamar começou como uma modesta capelinha, fruto da iniciativa de carpinteiros e marceneiros do Recife. A Irmandade deles, porém, só foi constituída no século XVIII, com um patrimônio estimado em "cem mil réis". O surgimento desse templo, portanto, representou uma obra de devoção popular. O prédio foi levantado sob o signo de São José dos Carpinteiros - o seu padroeiro - que exercia essa mesma profissão.
Ainda segundo ela, os trabalhos de construção da igreja começaram em 1756, mas, por falta de recursos financeiros, a igreja ficou inacabada. Registra a História que, na época (1788), o governador D. Tomás José de Melo quis proteger esse templo e, para tanto, utilizou a sua astúcia. Mandou rastrear o litoral pernambucano em busca de âncoras e outros objetos de ferro, pertencentes a navios naufragados na costa, e que eram dados como perdidos. Os objetos, quando encontrados, eram levados à praia de São José.
A partir daí, o governador convidou os negociantes locais (quiçá, alguns donos dos próprios objetos) a fim de participarem de um leilão público. Devido à adulação de certos negociantes, algumas peças leiloadas alcançavam preços bastante elevados, chegando a serem arrematadas mais de duas vezes. Isto porque os arrematantes, após adquiri-los, deixavam os objetos, novamente, para o acervo de São José. Foi dessa maneira que D. Tomás amealhou recursos e deu andamento às obras da igreja. O prédio, no entanto, só ficou pronto em 1797.
Segundo o sítio Patrimônio de Influência Portuguesa, a Igreja de São José do Ribamar, em disposição interna de nave, capela‐mor e corredores laterais, é edificação da segunda metade do século XVIII. Assim se confirma diante das tribunas, de boa feitura em talha. No frontispício atual existe uma data: o ano de 1653, que pode recuar a uma antiga capela. Tem boa talha nos retábulos, inspirada na existente no Mosteiro de São Bento, em Olinda. Por sua vez, a que ornamenta a edificação de Olinda tomou por modelo a do mosteiro beneditino de Tibães, em Braga, Portugal. A igreja abrigava uma irmandade de marceneiros dedicada a São José. Ainda nos dias presentes o casario que forma o pátio é de dimensões reduzidas, na frente do lote.
Recife, julho 2015
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