A PONTE GIRATÓRIA DO RECIFE
Clóvis Campêlo
A Ponte Giratória do Recife foi inaugurada no dia 5 de dezembro de 1923, ligando o Recife Antigo ao bairro de São José. Funcionou até a década de 70, quando foi substituída pela ponte atual, denominada de 12 de setembro, data que lembra o dia solene da inauguração das reformas do porto do Recife, em 1918, quando o paquete São Paulo, do Lloyd Brasileiro, atracou no cais do Armazém 9.
A sua construção foi decidida juntamente com outras obras que serviriam de apoio à infra-estrutura do porto, modernizado pela Societé de Construction du Port de Pernambuco.
Foi construída devido à necessidade de atender à passagem das embarcações veleiras, que aportavam no antigo Cais do Abacaxi, hoje Cais de Santa Rita, e no Cais do Colégio, na atual Praça Dezessete. Ao mesmo tempo, a sua baixa estatura permitia o tráfego de trens, automóveis e pedestres, em pistas separadas. Para se evitar acidentes, antes da ponte girar, soava uma sirene e suas cabeceiras eram fechada à passagem de veículos e pessoas através de correntes de onde pendiam avisos alertando motoristas e pedestres.
Com o tempo e com o aumento do tráfego, a ponte foi se deteriorando, as suas engrenagens deixaram e funcionar, sendo necessária a sua substituição por outra ponte fixa, mais larga e mais moderna.
Com a desativação da Ponte Giratória, também foram desativados os Cais do Colégio e do Abacaxi, sendo este último aterrado para a construção de um grande armazém.
Conta a lenda que na antiga Ponte Giratória existia um mero abarrancado, que roncava à noite, aterrorizando os pescadores recifenses. Verdade ou não, esse peixe nunca foi pescado.
A sua construção foi decidida juntamente com outras obras que serviriam de apoio à infra-estrutura do porto, modernizado pela Societé de Construction du Port de Pernambuco.
Foi construída devido à necessidade de atender à passagem das embarcações veleiras, que aportavam no antigo Cais do Abacaxi, hoje Cais de Santa Rita, e no Cais do Colégio, na atual Praça Dezessete. Ao mesmo tempo, a sua baixa estatura permitia o tráfego de trens, automóveis e pedestres, em pistas separadas. Para se evitar acidentes, antes da ponte girar, soava uma sirene e suas cabeceiras eram fechada à passagem de veículos e pessoas através de correntes de onde pendiam avisos alertando motoristas e pedestres.
Com o tempo e com o aumento do tráfego, a ponte foi se deteriorando, as suas engrenagens deixaram e funcionar, sendo necessária a sua substituição por outra ponte fixa, mais larga e mais moderna.
Com a desativação da Ponte Giratória, também foram desativados os Cais do Colégio e do Abacaxi, sendo este último aterrado para a construção de um grande armazém.
Conta a lenda que na antiga Ponte Giratória existia um mero abarrancado, que roncava à noite, aterrorizando os pescadores recifenses. Verdade ou não, esse peixe nunca foi pescado.
Recife, 2009
3 comentários:
No dia em que eu fiz 7 anos de idade (ano de 1953), meu pai me trouxe junto com ele, na viagem semanal de trem que fazia pro Recife (às quintas). Era pra fazer suas compras no Mercado de São José, a fim de abastecer sua bodega em Palmares. Ele compra no compartimento de Seu Valdemar que, tomando conhecimento de que era meu aniversário, me deu de presente um vidro de Brilhantina Glostora. Papai se abastecia de miudezas: Sabonete Eucalol, Pasta Colipe, Pó Lady, Brilhantina Royal Briar, colar, brinco, e mais um monte de outras bugingangas.
Aquele foi o dia em que conheci Recife e já fiquei deslumbrado quando desembarquei na estação central, onde hoje é o metrô.
Depois de fazer as compras, meu pai me levou pra conhecer o porto. Ele na frente e eu andando atrás, maravilhado. Atravessamos a Ponte Giratória e chegamos ao local onde alguns navios estavam atracados.
E nunca mais estas duas coisas fantásticas saíram da minha lembrança e irão permanecer nas minhas recordações enquanto eu viver: um gigantesco navio atracado no porto e a Ponte Giratória.
Quando cheguei ao Recife para fazer meu curso universitário, no início da década de 70, esta ponte maravilhosa ainda existia, mas não girava mais.
Parabéns pela postagem, caro Clóvis.
Grato, Abílio. Grande abraço
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