O QUERER
Clóvis Campêlo
Não te quero redundante,
cuspindo o óbvio e olhando
apenas o que os olhos vêem.
Quero-te inquisidora,
virando-se pelo avesso,
saindo da boca pra fora,
buscando a resposta
não importa qual seja
o preço.
Não te quero rotineira,
trilhando a mesmice que já
nos servem pronta e empacotada.
Quero-te a afrontar o perigo,
desbravadora dos sete mares,
correndo risco de vida
pois navegar é preciso.
Não te quero a lamentar
o tempo desperdiçado,
com os olhos cheios de nada.
Quero-te alvissareira
a desenhar no presente
o branco linho do futuro
qual ágil bordadeira.
Recife, 1991
Não te quero redundante,
cuspindo o óbvio e olhando
apenas o que os olhos vêem.
Quero-te inquisidora,
virando-se pelo avesso,
saindo da boca pra fora,
buscando a resposta
não importa qual seja
o preço.
Não te quero rotineira,
trilhando a mesmice que já
nos servem pronta e empacotada.
Quero-te a afrontar o perigo,
desbravadora dos sete mares,
correndo risco de vida
pois navegar é preciso.
Não te quero a lamentar
o tempo desperdiçado,
com os olhos cheios de nada.
Quero-te alvissareira
a desenhar no presente
o branco linho do futuro
qual ágil bordadeira.
Recife, 1991
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