BREVES E MAL ENSAIADAS REFLEXÕES SOBRE O MACHISMO
Clóvis Campêlo
Quando Deus nos modelou (os machos) e colocou a massa no forno, na região da púbis, o barro não rachou. Pelo contrário, projetou-se para fora, formando uma protuberância, uma saliência atrevida. Esse (feliz) acaso, provocado pelo excesso de alguma substância diferenciada no barro utilizado, supostamente colocou-nos, ao longo da história da humanidade, do lado do poder.
E isso é fácil de explicar: ela significava força, massa muscular, uma capacidade maior de execução dos trabalhos físicos. E isso nos valorizou (os machos).
Nas sociedades primitivas, esse (feliz) acaso nos tornou guerreiros, intrépidos, atrevidos, sanguinários, valentes. Quase sem querer, dominamos o mundo.
As mulheres viviam felizes cuidando das suas tarefas de mulheres e chorando os guerreiros mortos nos campos de batalha.
Mas, rei morto, rei posto, o choro era curto e logo arranjava-se outro macho mantenedor e defensor da prole.
E essa condição não existia só no ocidente. Na China feudal, anterior à Revolução Cultural do Grande Timoneiro, era comum as famílias maldizerem e exterminarem as filhas fêmeas, porque significavam uma boca a mais e uma menor força de trabalho no campo. De certo modo, isso só se modificou a partir da revolução comunista, que em menos de cem anos transformou um país medieval e repleto de grandes injustiças sociais numa grande potência mundial.
Nas sociedades mais modernas, onde a mais valia e a possibilidade do lucro sempre as orientou e ditou as leis, essa condição não só foi mantida como foram criadas regras sociais que a justificassem. Quem quiser que fosse de encontro à elas (as regras sociais)! Sempre estivemos todos nelas enquadrados.
Na medida em que o desenvolvimento tecnológico foi substituindo a força de trabalho masculina pela força de trabalho das máquinas e equipamentos, foram se consolidando as condições adequadas (do ponto de vista do lucro do sistema) para que as mulheres fossem se emancipando e ocupando outros lugares e papeis nas sociedades. Isso sempre rendeu uma aparente satisfação (para elas) e a manutenção do lucro (para os donos do sistema).
E isso é fácil de explicar: ela significava força, massa muscular, uma capacidade maior de execução dos trabalhos físicos. E isso nos valorizou (os machos).
Nas sociedades primitivas, esse (feliz) acaso nos tornou guerreiros, intrépidos, atrevidos, sanguinários, valentes. Quase sem querer, dominamos o mundo.
As mulheres viviam felizes cuidando das suas tarefas de mulheres e chorando os guerreiros mortos nos campos de batalha.
Mas, rei morto, rei posto, o choro era curto e logo arranjava-se outro macho mantenedor e defensor da prole.
E essa condição não existia só no ocidente. Na China feudal, anterior à Revolução Cultural do Grande Timoneiro, era comum as famílias maldizerem e exterminarem as filhas fêmeas, porque significavam uma boca a mais e uma menor força de trabalho no campo. De certo modo, isso só se modificou a partir da revolução comunista, que em menos de cem anos transformou um país medieval e repleto de grandes injustiças sociais numa grande potência mundial.
Nas sociedades mais modernas, onde a mais valia e a possibilidade do lucro sempre as orientou e ditou as leis, essa condição não só foi mantida como foram criadas regras sociais que a justificassem. Quem quiser que fosse de encontro à elas (as regras sociais)! Sempre estivemos todos nelas enquadrados.
Na medida em que o desenvolvimento tecnológico foi substituindo a força de trabalho masculina pela força de trabalho das máquinas e equipamentos, foram se consolidando as condições adequadas (do ponto de vista do lucro do sistema) para que as mulheres fossem se emancipando e ocupando outros lugares e papeis nas sociedades. Isso sempre rendeu uma aparente satisfação (para elas) e a manutenção do lucro (para os donos do sistema).
2 comentários:
CLÓVIS: Nem tão breves nem mal ensaiadas. O tema é bom e creio que você o desenvolveria bem. Me deixou com água na boca.
abraço,
ótimo texto! beijo
Postar um comentário