Outono
OUTONO
Clóvis Campêlo
Hoje que o dia padece
de uma cor plumbéa,
colho raios de sol.
Não espero que apareças,
já estás no meu pensamento
leve como uma nuvem
que singra o firmamento.
Não me apavora a solidão.
Apenas amadurece
a nobre colheita do outono
que se apresenta.
Recife, 2011
Um comentário:
Clóvis Campelo
Ás vezes tenho a impressão de que o homem é duro feito uma pedra, mas vem um poema e me diz o contrário. Magnífico!!! Lamento por aqueles que não tiveram a chance de conhecer. Abraços.
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