domingo, 1 de abril de 2012

Outono



OUTONO

Clóvis Campêlo

Hoje que o dia padece
de uma cor plumbéa,
colho raios de sol.

Não espero que apareças,
já estás no meu pensamento
leve como uma nuvem
que singra o firmamento.

Não me apavora a solidão.
Apenas amadurece
a nobre colheita do outono
que se apresenta.

Recife, 2011


Um comentário:

Antônio Carlos Dayrell disse...

Clóvis Campelo
Ás vezes tenho a impressão de que o homem é duro feito uma pedra, mas vem um poema e me diz o contrário. Magnífico!!! Lamento por aqueles que não tiveram a chance de conhecer. Abraços.