sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Solidão



SOLIDÃO

Clóvis Campêlo

Definitivamente perdido
entre o escuro da imensidão
e feixes fugidios de luz,
entre o azul terrestre e
o vermelho marciano,
entre as luas de Saturno
e o brilho dos
teus olhos,
entendi que a solidão
é o desencontro da raça
e o encontro do ser.
Haverá um momento
em que só teremos
a nós mesmos
para decifrar os
mistérios do mundo
e de nada valerá a
ilusão da consciência
coletiva.

Recife, 2010


4 comentários:

Carlos Lúcio Gontijo disse...

Caríssimo poeta
CLÓVIS CAMPÊLO:
Poema bem lavrado,
bonito e metafórico
(como cobra a boa poesia).
Parabéns!

Luzilá Gonçalves Ferreira disse...

Rilke, aos 21 anos escreve: os amigos nos livram do isolamento, não da solidão.

Don Regueira disse...

Poema belo e profundo e que nos enseja reflexões diversas.

Anônimo disse...

O ser e sua imensurável solidão. ..
Eliane Triska