segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
A antítese
A ANTÍTESE
Clóvis Campêlo
Queria a revolução,
toda a mudança possível,
toda a certeza do não,
queria todo o não crível:
sabia que em pleno avesso
haveria um recomeço.
Não contava, no entanto,
que para toda alegria
haveria o mesmo pranto,
que todo não era um sim,
e todo começo, um fim.
Recife, 2007
- Publicado no livro Antologia 2007 dos Poetas Independentes, Recife, Editora do Livro Rápido, 2007, página 43.
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Poemas Inúteis
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2 comentários:
Muito bem feito esse poema, gostei muito!
Nem sempre para toda alegria há um pranto. Há, as vezes, uma atmosfera cinzenta, o que talvez seja pior. Mas o poema é ótimo, merci,.-Abraço
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