Clóvis Campêlo
A partir de janeiro de 2010, tivemos a satisfação de produzir e apresentar, ao lado do professor Bartolomeu Lima, o programa Trem das Onze, na Rádio Universitária AM do Recife.
Naquela época, a Rádio já se mantinha com dificuldades por conta do seu sucateamento e da falta de manutenção no equipamento técnico, apesar da programação esmerada e de alto nível que apresentava.
Em abril de 2011, com a desculpa de que seria reformulada, a Rádio foi desativada. Entre as promessas feitas pela direção, na época, estava a compra e implantação de um novo equipamento digitalizado, a mudança do local de funcionamento para o centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, e a implantação na cidade de Caruaru, de uma outra antena que serviria de ponto de retransmissão, jogando o som da Rádio para todo o sertão pernambucano.
Hoje, dois anos depois, tudo continua na estaca zero. Ou pior. Além de não ter sido efetuada a reforma prometida no espaço destinado à Rádio, no Centro de Convenções universitário, o antigo prédio foi desocupado e todo esse material transferido para o Centro de Convenções de forma precária e nem sempre com o devido cuidado. Nenhum equipamento novo foi comprado e nem mesmo o velho transmissor foi recuperado para que voltasse a funcionar e devolver à comunidade recifense uma rádio com bons serviços prestados.
Consta que a UFPE talvez seja a única universidade federal brasileira a disponibilizar na sua estrutura uma rádio AM, uma rádio FM e uma emissora de televisão. Não entendemos, portanto, o por que de tanto descaso na administração desse patrimônio de todo o povo recifense e pernambucano.
Assim sendo, caberia ao atual reitor estabelecer um cronograma de obras e aquisição de equipamentos que viabilizem o retorno da rádio em um curto ou médio espaço de tempo.
Em que pese os argumentos apresentados por alguns de que as rádios AM seriam mídias ameaçadas de extinção, sabemos que não é assim. Existem pesquisas feitas no mundo inteiro e que mostram que as rádios AM estão entre as mídias com as mais altas médias de acessos diários.
Por outro lado, em um centro de formação de profissionais e de produção do saber, com é a Universidade Federal de Pernambuco, a rádio AM, de muita penetração popular, pode servir de instrumento de educação e de orientação eficiente no combate a doenças endêmicas ou provocadas pela falta de uma estrutura adequada na área de saneamento, educação e saúde. Em tese, uma rádio federal e ligada a uma universidade é do povo e ao povo deve servir.
Por fim, basta prestar atenção ao papel de informar, educar e divertir eficientemente que algumas rádios ligadas à iniciativa privada prestam e verificar que esse serviço poderia e deveria ser prestado com muito mais eficiência por uma rádio estatal.
Naquela época, a Rádio já se mantinha com dificuldades por conta do seu sucateamento e da falta de manutenção no equipamento técnico, apesar da programação esmerada e de alto nível que apresentava.
Em abril de 2011, com a desculpa de que seria reformulada, a Rádio foi desativada. Entre as promessas feitas pela direção, na época, estava a compra e implantação de um novo equipamento digitalizado, a mudança do local de funcionamento para o centro de Convenções da Universidade Federal de Pernambuco, e a implantação na cidade de Caruaru, de uma outra antena que serviria de ponto de retransmissão, jogando o som da Rádio para todo o sertão pernambucano.
Hoje, dois anos depois, tudo continua na estaca zero. Ou pior. Além de não ter sido efetuada a reforma prometida no espaço destinado à Rádio, no Centro de Convenções universitário, o antigo prédio foi desocupado e todo esse material transferido para o Centro de Convenções de forma precária e nem sempre com o devido cuidado. Nenhum equipamento novo foi comprado e nem mesmo o velho transmissor foi recuperado para que voltasse a funcionar e devolver à comunidade recifense uma rádio com bons serviços prestados.
Consta que a UFPE talvez seja a única universidade federal brasileira a disponibilizar na sua estrutura uma rádio AM, uma rádio FM e uma emissora de televisão. Não entendemos, portanto, o por que de tanto descaso na administração desse patrimônio de todo o povo recifense e pernambucano.
Assim sendo, caberia ao atual reitor estabelecer um cronograma de obras e aquisição de equipamentos que viabilizem o retorno da rádio em um curto ou médio espaço de tempo.
Em que pese os argumentos apresentados por alguns de que as rádios AM seriam mídias ameaçadas de extinção, sabemos que não é assim. Existem pesquisas feitas no mundo inteiro e que mostram que as rádios AM estão entre as mídias com as mais altas médias de acessos diários.
Por outro lado, em um centro de formação de profissionais e de produção do saber, com é a Universidade Federal de Pernambuco, a rádio AM, de muita penetração popular, pode servir de instrumento de educação e de orientação eficiente no combate a doenças endêmicas ou provocadas pela falta de uma estrutura adequada na área de saneamento, educação e saúde. Em tese, uma rádio federal e ligada a uma universidade é do povo e ao povo deve servir.
Por fim, basta prestar atenção ao papel de informar, educar e divertir eficientemente que algumas rádios ligadas à iniciativa privada prestam e verificar que esse serviço poderia e deveria ser prestado com muito mais eficiência por uma rádio estatal.
10 comentários:
Vocês não sabem o gozo imenso dos pernambucanos com a boa Universitária AM. Um progranama permanenet de frevo com Hugo Martins, jazz, bossa nova, um intervalo de músicas de grandes banadas por 2 horas, das 12 às 14, onde se podiam ouvir Moonlight Serenade com Glenn Miller e Espinha de Bacalhau com a orquestra Tabajaras.
Agora deixa de existir.
A cultura em Pernambuco resiste, e o verbo é próprio, resistir, porque o descaso e a ignorância de quem deveria educar causa indignação. Por isso ficamos assim: as autoridades ignoram os escritores e
artistas, estes por sua vez ignoram a existência das autoridades.
Abraços
Lamentável,Amigo Clóvis!profundamente lamentável!!!!!!!!!!!!!!!!!
Quem diria, hein, Anísio Brasileiro!!!
Lamentável.
Clóvis, esse artigo tem que ser postado na Face Book e nos blog. Vou enviar pra todo mundo.
Já postei nos blogs e no facebook, Bráulio.
Agradeço pela sua divulgação.
É um absurdo isso.
Alô, Clóvis, concordo em gênero, número e grau. Abraço fraternal.
Excelente artigo. Lamentável o fato descrito!
Tudo, enfim, que é do Estado é, quase sempre, ineficiente, improdutivo, anárquico. Falta-nos a cultura do interesse e do bem público.
Nem sempre, se assim fosse empresas privadas não iam a falecia e Estatais como Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica e afins estariam a banca rota faz tempo. Sem falar na crise neoliberal do US e UE, não seria uma crise econômica?
Postar um comentário